Archive for the Espiritualidade Category
Charles Bukowski
Posted in Espiritualidade, Literatura, Reflexões on Dezembro 2, 2012 by lapictaMassive Attack – Teardrop
Posted in Enteogenia, Reflexões on Setembro 24, 2012 by lapictaGota de Lágrima
Miña Nai Lúa – Rosa Cedrón
Posted in Espiritualidade, Frases, Músicas, Reflexões on Novembro 5, 2011 by lapictaMiña Nai Lúa (Rosa Cedrón)
Minha mãe Lua
Ti, oh señora das mareas
Principio e fin da miña doce esencia
En ti nace e morre o tempo…
Ti, forza fértil dos misterios
Eterna dona dos ocultos semtimentos
A liberdade dos trece segredos…
Arrolada no teu berce, miña nai lúa
Cantarei pra quen te quera ben
Cantarei ata o mencer.
Tapadiña co teu manto, miña nai lúa
Cantarei para quen te quera ver
Cantarei ate morrer
Ti que me acompañas cada noite
Na tan profunda e verdadeira dor
Da miña adormecida ialma…
Ti que agarimosamente buscas
Na tan escura poza dos meus ollos
Os vestixos dos meus soños
Arrolada no teu berce, miña nai lúa
Cantarei pra quen te quera ben
Cantarei ata o mencer.
Tapadiña co teu manto, miña nai lúa
Cantarei para quen te quera ver
Cantarei ate morrer
Cóbreme coa tua sombra silandeira
De amor e dauga, ti deusa das noites
Oh señora das mareas
Arrolada no teu berce, miña nai lúa
Cantarei pra quen te quera ben
Cantarei ata o mencer.
Tapadiña co teu manto, miña nai lúa
Cantarei para quen te quera ver
Cantarei ate morrer
———————-
Tu, oh senhora das marés
princípio e fim da minha doce essência
em ti nasce e morre o tempo…
Tu, força fértil dos mistérios
eterna dona dos ocultos sentimentos
a liberdade dos treze segredos…
Envolvida em teu berço, minha mãe Lua
cantarei pra quem te queira bem
cantarei até o amanhecer.
Tapadinha com teu manto, minha mãe Lua
cantarei para quem te queira ver
cantarei até morrer
Tu que me acompanhas cada noite
Na tão profunda e verdadeira dor
da minha adormecida alma…
Tu que carinhosamente buscas
na tão escura poça dos meus olhos
os vestígios do meus sonhos
Envolvida em teu berço, minha mãe Lua
cantarei pra quem te queira bem
cantarei até o amanhecer.
Tapadinha com teu manto, minha mãe Lua
cantarei para quem te queira ver
cantarei até morrer
Cobre-me com a tua sombra cirandeira
de amor e d’água, tu, deusa das noites,
oh senhora das marés
Envolvida em teu berço, minha mãe Lua
cantarei pra quem te queira bem
cantarei até o amanhecer.
Tapadinha com teu manto, minha mãe Lua
cantarei para quem te queira ver
cantarei até morrer
A Solidão de quem Desperta
Posted in Espiritualidade, Reflexões on Setembro 19, 2011 by lapictaLi o texto abaixo em (http://www.blog.potencialidadepura.com/2011/07/solidao-de-quem-desperta.html )
Boa Leitura!
A Solidão de quem Desperta
A solidão que se sente quando os olhos se abrem para o que se esconde por detrás do mundo é uma condição natural da pessoa desperta. Percebe-se que não se pertence mais àquele mundo de outrora que persiste em permanecer adoentado, assim como a pessoa fora também.
O mundo é um grande hospício e você fazia parte dos adoentados. Quando
despertou, percebeu que não estava mais doente, todavia ainda preso ao hospício do mundo, cercado por tantas pessoas vivendo uma ilusão coletiva. Nasceu então o sentimento de se estar vivendo num aquário.
A princípio o corpo é tomado de uma empolgação abrasadora e surge a vontade de dizer a todos os loucos do hospício que o mundo não é aquilo, que há mais coisas lá fora, que estão controlando a todos, que os personagens que representam não são verdadeiros, que cada um é mais do que aparenta ser… Mas ninguém lhe dá ouvidos.
Percebendo então que os esforços de acordá-los para a realidade são inúteis, a
tristeza o acomete. A solidão então lhe abraça de tal forma que beira ao desespero.
Você não pertence mais àquele hospício, porém não pode sair de lá sozinho.
Para escapar há apenas duas opções: morto ou através da união de todos os internos.
E ao pensar nisso, você se irrita como fazia antes de acordar. Irrita-se, pois
não quer mais viver neste lugar de loucos, mas depende destes para sair.
Os loucos passaram a olhá-lo de maneira estranha, pois você se deslocou do
mundo deles, parecendo diferente, esquisito, louco (a loucura para o louco é a
sanidade alheia). Mas ao verem-no com tanta irritação, logo percebem que você ainda é o mesmo, ainda pertence ao grupo, ainda é refém de si próprio.
E você, em toda a sua angústia, se pergunta:
– Como posso continuar vivendo neste lugar, cercado dessa gente toda que não sabe o que está acontecendo? Como posso suportar?
Você tinha vozes na sua cabeça antigamente. Vozes que o instigavam, o
irritavam, o assustavam, o castigavam e o insultavam. Ao despertar, você abriu um novo canal para uma voz que não vem da cabeça, mas do coração. Essa voz é o que você realmente é, e ela sempre lhe diz o que é mais correto a se fazer.
Todavia, por ficar ainda querendo respostas prontas, você nunca conseguiu
ouvi-la.
Se prestasse atenção ela diria algo mais ou menos assim:
– Não tenha mais medo. Você conhece a verdade, então por que ainda teme? Por que ainda sente raiva e frustração? Por que ainda mantém os velhos vícios mentais? Agora que você sabe uma parte da verdade é tempo de pôr em prática a sua sanidade real, a sua consciência verdadeira.
– Os loucos são seus irmãos, iguais a você, por isso não os despreze, não os
julgue, não os odeie. Assim como ocorria com você, eles não sabem o que fazem.
Estão adoentados, portanto não aprendem de maneira direta. Eles aprendem
através do exemplo, e se vier junto de atitudes amorosas, aprenderão ainda mais rápido. E é isso que você deve fazer: servir de exemplo.
– Não queira abraçar todos ao mesmo tempo, você é somente um. Faça pequenas coisas e não se preocupe com mais nada senão consigo mesmo. Você despertou, mas ainda mantém vários resquícios da doença de outrora, e isso sim precisa ser trabalhado. Concentre-se nisso, pois é o que mais importa. Uma vez melhorando a si mesmo, aos poucos os outros irão espelhar-se, pois a verdade sempre faz sentido, não importa o nível de loucura.
Então, ouvindo essa voz que vem do seu âmago, você compreenderá que não precisa lutar, não precisa forçar, não precisa se desesperar. Você está cercado de adoentados, portanto aprenda a conviver com eles de forma amorosa e
desprendida. Não precisa fingir nada, mas também não precisa impor nada.
Apenas seja o melhor que puder ser e compartilhe isso com as outras pessoas.
Marcos Keld
Um – Silêncio
Posted in Espiritualidade, Poesias, Reflexões on Agosto 23, 2011 by lapicta
Sim, One
O que sinto , a língua não fala.
Há uma dor que não tem nome.
Musgo de abismo que o sopro
da voz alcança e macera.
Don’t let me be misunderstood.
I don’t want to be alone.
Silêncio
De pedra ser.
Da pedra ter
o duro desejo de durar.
Passem as legiões
com seus ossos expostos.
Chorem os velhos
com casacos de naftalina.
A nave branca chega ao porto
e tinge de vinho o azul do mar.
O maciço de rocha,
de costas para a cidade
sete vezes destruída,
celebra o silêncio.
A pedra cala
o que nela dói.
Donizete Galvão